sábado, 9 de fevereiro de 2013

Texto: Matemática, uma ciência sinistra?



Matemática, uma ciência sinistra? 
Autor: Jacir Venturi

A matemática é uma ciência sisuda, sinistra, sombria, abstrata e tem cara de poucos amigos? Pensam assim muitos que por ela foram humilhados. No entanto, sendo a matemática a rainha e serva de todas as ciências, uma das jóias da coroa de Sua Majestade é lúdica, bem-humorada, hilária e se apresenta na forma de quebra-cabeças, passatempos, sudokus, diversos games, causos e brincadeiras. Eles divertem e são bálsamos para as horas de tédio ou quando falta companhia. Ademais, ensejam a têmpera racional da mente. Merecidamente, o mercado de trabalho valoriza o profissional com senso de humor, leitor e dotado de raciocínio lógico.

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Os quebra-cabeças são desafios estimulantes. Dos milhares existentes, escolho dois:

três gatos comem três ratos em três minutos. 
Cem gatos comem cem ratos em quantos minutos

em uma lagoa, 
há dois patos na frente de dois patos, 
dois patos no meio de dois patos 
e dois patos atrás de dois patos. 
Quantos patos há na lagoa? 

Após muitas sinapses, chegamos às respostas: três minutos e quatro patos.

Há também anedotas. Um casal de matemáticos cujo marido se chamava Roberto tinha três filhos. Como eles se chamavam? Resposta: Zero-roberto, Um-berto e Dois-berto. 

A filosofia popular é recorrente desde os para-choques dos caminhões. “A minha vida é como a matemática, cheia de problemas”, até as cavilosas piadas do Joãozinho.

Histórias pitorescas sempre têm um pouco de fantasia, principalmente quando se reportam a homens bem-sucedidos. Conta-se que na Universidade de Harvard havia um professor de cálculo integral extremamente rigoroso. Na última avaliação do ano, elaborou uma prova muito difícil e lançou um desafio a seus alunos: “Se um de vocês tirar nota dez nesta prova, peço demissão da universidade e serei seu assessor”. Era seu aluno um fedelho de 17 anos, no entanto brilhante nessa disciplina. Obteve nota 9,5.

Até hoje, o nosso caro professor lamenta ter sido tão exigente. Perdeu a oportunidade de se tornar um dos homens mais ricos do planeta. Em tempo: o aluno se chamava Bill Gates.

Enfim, a matemática tem seus encantos, apesar do rigor e de sua linguagem fria e sincopada. Contemplando as leis físicas e universais, a harmonia e a beleza do universo. E em valorização ao cômico e divertido, não é difícil anuir com Umberto Eco: “O riso aproxima o homem de Deus.”

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